As pessoas ainda não entenderam que o instrumento segundo o Mestre é a "rede" não o anzol. Rede é cuidado com o pescado, essa cultura de anzol que não leva em conta o estado físico do pescado, que passa com seu anzol e não pergunta quais são as dores, quais os problemas reais que o outro sente, apenas esporra um versículo decorado e acha que este tipo de anzol vai resolver o problema. O Mestre nunca usou anzol, sempre usou rede que procura entender que o pescado precisa de respeito, cuidado, amigos de verdade que não nos entenda apenas como mais uma pessoa na cadeira. As pessoas precisam de ser pescadas, mais com respeito pelo seu contexto de vida o Evangelho não é uma mágica é vivência no Caminhar. O Anzol é um instrumento frio, doloroso, o anzol é invasor, o anzol é interesseiro ganancioso, furando e arrastando sem questionar se há no que foi pescado uma vontade de ser arrastado, anzol é religioso, coreografado, programático, estratégico, ensaiado, cheio de burocracia igrejeira com seus livros, classes, escolas, viagens sem Graça, o anzol é ambicioso, corporativo, autoritário, o anzol não é como a rede silenciosa, serena, educada e coletivamente amorosa. Não aguento mais ver esse processo indecente em que tudo tem que ser com anzol, ainda prefiro a rede, mesmo que tenha menos público, sem terno, sem gravata, mais entendendo a amando o outro no seu contexto de vida, mais natural, sem ser caricaturado. Viva a rede, ela ainda continua apesar do anzol, se você foi pescado por anzol ainda pode se livrar disso, mais saiba, que onde usamos redes não há grito em praças a comunicação é virulenta e com cicio gostoso e leve, também não há movimentos bruscos de tentativa de se livrar do anzol, na rede, somos incógnitos, sem chamar a atenção correndo pela alternativa de vida do Eterno, apenas aproveitando e nunca sendo aproveitado, a partir de hoje pescar só de rede.
Bom Caminho
Armando Carvalho