domingo

Ceia para todos os povos!

Hoje acordei pensando em quebra de paradigmas, ou seja, fantasmas de opinião que nos forçaram a vida toda a acreditar que as vezes não tem nenhum fundamento ou razão de ser, basta aprendermos a pensar e a fazer perguntas para sabermos quanto dessas mentiras estão entulhadas em nossas cabeças e em nossos comportamentos cegamente aprendidos e replicados. Quem me conhece sabe que a mais de 18 anos costumo futucar paradigmas, um deles é a tal da "Santa Ceia do Senhor", primeiro não existe "Santa Ceia" existe Ceia uma comemoração da grande liberação do amor de Deus pela humanidade na pessoa de Jesus Cristo dando seu próprio corpo representado no pão, e derramando seu sangue representado no cálice de vinho. Bem, todos sabem que entre os "evangélicos" em sua maioria quem não foi batizado pela igreja local e quem não tem seu nome no rol de membros não pode participar, ficando assim aqueles convidados por você para um "culto" de domingo com cara de intimidado e se sentindo excluído com aquilo que chamo de tamanho preconceito com quem é o verdadeiro alvo do amor e a obra da cruz, até por que o que chamamos de Ceia hoje não tem nada parecido com o que realmente era a comemoração do amor com uma grande ceia ou festa nos tempos iniciais do Evangelho o que vemos hoje é um resumo cerimonial não uma festa como nos tempo iniciais. Quem me conhece sabe que a 18 anos aceito a Ceia livre aquela em que todos participam do mais simples ao mais sofisticado dos seres humanos, para mim "todos pecaram e todos carecem da Glória de Deus" ninguém é melhor que ninguém, a ceia para mim é para todos em qualquer idade de compreensão do que se faz naquele momento, a ceia não é para juízo, é para aceitação, pensando bem se é uma encenação da morte e do derramamento do sangue isso tem como alvo exatamente as pessoas que ainda não entenderam desse amor que salva, então quem deveria mesmo ter o privilégio de participar são aqueles que alguns consideram como incapacitados para isso, o alvo é a humanidade, o rasgar do pão e o carmesim do vinho é para todos e para que todos entendam tamanho amor de Deus sem distinção ou preconceito, eu já fazia isso em um tempo em que quase a totalidade dos "evangélicos" jamais aceitou, mais aguentei a barra por que sei que muitos foram alcançados com o amor de Deus, por que no momento da Ceia eu digo em alto e bom som, todos que estão aqui nesse momento podem participar do partir do pão e beber do cálice por que a ceia é livre tal qual o amor de Deus, simples assim! 

Bom Caminho
Armando Carvalho

segunda-feira

Livre!

Não gosto de nada que se institucionalize quando chega a ter logotipo, placa, frase pronta já virou CNPJ e departamento da Fé, gosto de coisas silenciosas, assim que Jesus no chão da terra fez, apenas segurou mãos, olhou nos olhos e a única vez que entrou na instituição foi para ou falar verdades para clérigos da fé-vazia ou para chutar mesas e dar chicotadas, o Evangelho nasceu para ser uma virulência não uma ação de estratégia e marketing, o Evangelho foi feito para pessoas não para templos, deveria de ser notado pelos olhos dos caminhantes não pela impressão digital e pelas programações de entretenimento vazio de clubinho gospel, o Evangelho é como uma semente que lançada no campo e do nada inesperadamente se percebeu que tudo floresceu, ou seja é sutil, silencioso, virulento. A fé é livre e sem placa, sem banner, sem cara ou marca, grife é para carros ou roupas, não quero valorizar o assento de uma "igreja" já que o Eterno disse que "estou assentado mesmo nas regiões celestiais em Cristo Jesus". Evangelho é toque e vida no caminhar.

Bom Caminho!
Armando Carvalho

quinta-feira

O Montador de Lego

Definitivamente eu não tenho a capacidade de montar todo este quebra cabeça, eu não consigo, não posso juntar passado, presente e futuro, não tenho a possibilidade de entender toda a trajetória, é muito extenso, grande, não posso. Só entendo das calçadas escuras, da cadeira de espera sem saber o que, só posso responsabilizar-me pelo rosto molhado sem entender os olhares ingratos, frios, pensando no fato de onde haveria de vir amor vem indiferença, de onde deveria vir abraço, vem ausência. Não tenho nada para oferecer o estrato da vida não posso contabilizar histórias, não enxergo tudo e tudo que vejo ainda assim me é pequeno demais para montar este grande lego da vida. Entendo do penoso, entendo da solidão, angústia, abandono, esquecimento, entendo dos sorrisos de meia boca escorrendo veneno pelos cantos se alegrando com a síndrome de Jó que se me abateu nos meus mundos, entendo dedos em riste, entendo olhares de martelo em mesa de verniz, não vi sorriso, não vi ouvidos, entendo o silêncio, um pouco, mais não deu para ouvir nada, não posso montar este quebra cabeça do grande lego da vida, mais no final, há o final, apesar de eu ainda acreditar nas jornadas e nunca nos destinos, certamente haverá, no boleto da dor, um momento da leitura do código de barras dizendo, foi debitado, acabou! Quem tem olhar amplo poderá montar este grande lego da vida, Ele, o Eterno Montador de Lego sabe, sim Ele sabe. Agora só espero a hora de poder desmanchar as impressões que deixei, de coisas que nem sei, de atitudes que manchei e de vidas que já nem me encontro nelas, mudei, como mudei, mais o quebra cabeça ainda não foi terminado, pedaço por pedaço ainda está sendo montado, acredito que o Montador de Lego fará um grande trabalho, complexo mais colorido.

Paz e Bem!
Armando Carvalho

domingo

Concreto mesmo nada!

É tudo muito bom, muito saltitante, muito divertido, muito organizado, muito alegrinho, aí vem aquela sensação de dever cumprido, elogios, egos alisados, tudo redondinho, o aquário está cheio. Se tirar a água, se agente raspar, enxugar, tirar a festinha de cena, o que resta? Vou dizer: Nos asilos ainda teremos velhinhos sozinhos esperando uma visita dos jovens, ainda temos casas da última chuva esperando um tijolo para ser reconstruída, ainda temos pessoas sem prato de comida que não precisam só de uma palavra, ainda temos salas vazias que poderiam ser ocupadas com algo realmente útil para o futuro de todos, crianças no hospital do câncer precisando de um simples abraço ou em um orfanato, ali do lado, querendo brincar, por que a festa acaba o show termina, e de concreto mesmo só temos a diversão egoísta que nos faz religiosamente felizes, apenas nós! De concreto mesmo é só a euforia que poderia ser sentida em qualquer lugar até em uma montanha russa, fazer tudo do mesmo jeito entra ano e sai ano é mórbido é doentio é dormecia, sensação de dever cumprido, qual dever? Da endorfina? Conheço Alguém que por muito menos chutou mesa, jogou tudo pro alto e chicoteou uma meia dúzia, por que não entenderam nada, tá vazio, com objeto e sem objetivo, precisamos rever nossos conteúdos, é triste, e de plástico. 

Bom Caminho!
Armando Carvalho