O evangelho no chão da terra
Tenho visto na caminhada “evangélica” algo que a muito tem me incomodado. Digo por caminhada evangélica aquilo que se refere ao ser cristão em pessoa, ou seja, estou falando da cristandade, dos crentes, dos irmãos, cristãos, cidadãos do Reino, bem já deu pra entender. Gostaria apenas de pensar um pouco sobre o que Deus fez e faz comigo enquanto pessoa que freqüenta “igreja templo” e ouvem todos os dias uma palavra que chamamos de transformadora, impactante, que muda nossas vidas. Encaro como mudança de vida algo que não só fica encubado em mim, mudança de vida, não é andar com uma Bíblia, ir aos cultos, freqüentar congressos, em fim, participar ativamente da vida da comunidade. Sinto falta da mudança de vida mostrada nos evangelhos pelo evangelho maior, Jesus. Como na parábola do samaritano vemos que o sacerdote passou longe do necessitado, o levita também, mas foi aquele que de quem menos se esperava onde a ajuda brotou. O homem machucado que estava triste, carente, sem teto, frustrado, sem caminho, sem morada, sem amigos, sem dinheiro,
Tenho visto na caminhada “evangélica” algo que a muito tem me incomodado. Digo por caminhada evangélica aquilo que se refere ao ser cristão em pessoa, ou seja, estou falando da cristandade, dos crentes, dos irmãos, cristãos, cidadãos do Reino, bem já deu pra entender. Gostaria apenas de pensar um pouco sobre o que Deus fez e faz comigo enquanto pessoa que freqüenta “igreja templo” e ouvem todos os dias uma palavra que chamamos de transformadora, impactante, que muda nossas vidas. Encaro como mudança de vida algo que não só fica encubado em mim, mudança de vida, não é andar com uma Bíblia, ir aos cultos, freqüentar congressos, em fim, participar ativamente da vida da comunidade. Sinto falta da mudança de vida mostrada nos evangelhos pelo evangelho maior, Jesus. Como na parábola do samaritano vemos que o sacerdote passou longe do necessitado, o levita também, mas foi aquele que de quem menos se esperava onde a ajuda brotou. O homem machucado que estava triste, carente, sem teto, frustrado, sem caminho, sem morada, sem amigos, sem dinheiro,
sem saúde realmente um sem tudo, recebeu o cuidado de um inimigo. Daí minha reflexão, tenho visto, muita empolgação, é gente se dizendo mudada, transformada, louca por Jesus, gente que vai aos cultos, as programações muito elaboradas, que aprendemos a fazer, e que de certa forma são necessárias para a nossa vida de comunhão dentro dos templos, adoro isso é pulsante, mais temo que por comunhão estejamos entendendo como entretenimento, sim porque você pode fazer um belo entretenimento, mais pode ter ali naquele momento um monte de gente que nem se conhece, por isso diga-se por comunhão aquela que me faz ir, buscar, se preocupar, atender, andar junto com aqueles que estão clamando por um abraço, um aperto de mão, um bom dia, um passeio, as vezes vejo muito mais comunhão nesses gestos do que em uma programação de igreja. Temos uma boa música, uma propaganda maravilhosa, uma choradeira emocionante, suspiros, extravagância e tudo mais, o que me frustra é a segunda-feira, na segunda feira a alegria deu lugar ao tédio, que deu lugar a depressão, que deu lugar a expectativa de outro culto, outra programação, isso nos vicia. Precisamos entender que todo combustível colocado em nós durante as programações “evangélicas” precisam virar evangelho na vida, no chão da terra, na caminhada samaritana da vida, dentro da vida de outros, o evangelho só deixa de ser evangélico quando a vida de outro é tocada por minhas atitudes e meu amor, não estou falando de comportamento, não estou falando de evangelismo, e nem muito menos de proclamação, porque isso aprendemos a fazer muito bem, o chamado kerigma, estou falando de Diaconia, serviço. Estou falando de pessoas que são edificadas na programação, mais delibera no dia a dia, falo de ajuda ao próximo, ajuda concreta, que limpa a ferida, visita o asilo, faz campanha de doação de órgãos, ajuda fisicamente a meninos órfãos, pinta a casa do idoso carente que precisa de um retoque, concerta o muro do pessoal mais simples, ajuda a alimentar e arrecadar recursos para os desabrigados. Infelizmente nossos templos estão lotados de pessoas que saem satisfeitas no domingo e voltam revoltadas no próximo culto, porque não sabem da necessidade nem do próprio irmão que senta ao lado. Só acredito em irmãos que conseguem ser irmãos de qualquer, só acredito em programações que podem atingir com outras pessoas quem nunca viram uma festa, o que fazemos nos templos seria ótimo se nós repetíssemos no dia a dia do necessitado, dividindo a nossa alegria e nossa atenção. Evangelho foi feito para cuidar, algumas palavras estão faltando e outras sobrando em nosso meio. Palavras sobrando do tipo: prosperidade, paixão, vitória, conquista, cabeça, vencedor, crescimento, etc. Palavras faltando: tolerancia, misericórdia, andar junto, chorar junto, ajuda financeira ao necessitado da igreja, ajuda ao asilo da cidade, dia de reconstruir a casa do irmão carente, movimento em apoio aos desabrigados, levar diversão aos internados nos hospitais, etc. vejo muita concentração e pouca ação é tempo de evangelho na prática que Deus nos chame para uma nova onda que possa trazer ajuda ao mundo chamo de evangelho no chão da terra.
Armando Carvalho